Atenção! Você tem
para garantir seu presente!
Nota 10
23/12/2025 por Dianne Caamaño
Tempo de Leitura: 3 minutos
O Brasil registrou um marco inédito no setor aeroespacial com o lançamento do veículo HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão. Trata-se do primeiro lançamento comercial de um veículo orbital realizado em território nacional, um passo relevante para a inserção do país no mercado global de operações espaciais.
De acordo com a Agência Espacial Brasileira (AEB), o lançamento transcorreu de forma regular e segura em todas as etapas sob responsabilidade brasileira. Os sistemas de solo, a infraestrutura do Centro de Lançamento, os procedimentos operacionais e os protocolos de segurança funcionaram conforme o planejado, atendendo plenamente às normas internacionais do setor.
Após cerca de 30 segundos de voo, já fora da fase inicial de lançamento, foi identificada uma anomalia no veículo lançador, que resultou na perda da missão. A investigação técnica ficará a cargo da Força Aérea Brasileira e da empresa sul-coreana Innospace, responsável pelo veículo, seguindo os procedimentos internacionais adotados na atividade espacial.
Apesar do ocorrido, o lançamento é considerado histórico. Segundo a AEB, eventos dessa natureza fazem parte do processo de desenvolvimento tecnológico e são fundamentais para o aprendizado, a evolução dos sistemas e o aumento da confiabilidade em futuras missões.
Para ler o comunicado da AEB completo, clique aqui.
Localizada na costa do Maranhão e próxima à linha do Equador, a Base de Alcântara é considerada uma das regiões mais estratégicas do mundo para atividades aeroespaciais. Sua posição geográfica permite redução de custos de combustível e maior eficiência na inserção orbital, fatores que reforçam sua relevância no cenário internacional.
A missão integrou a Operação Spaceward e envolveu cerca de 400 profissionais, entre engenheiros, técnicos, militares da Força Aérea Brasileira e especialistas internacionais. Meses de planejamento, testes de propulsão, análises climáticas, telemetria e protocolos de segurança antecederam o lançamento, evidenciando o rigor técnico exigido em projetos dessa magnitude.
Esse processo evidencia como ciência, tecnologia e engenharia se articulam para transformar conhecimento teórico em resultados concretos, ainda que o caminho inclua testes, ajustes e aprendizados.

Embora em escalas distintas, o desenvolvimento de um foguete e a prática acadêmica compartilham etapas fundamentais: planejamento, cálculo, testes, ajustes e trabalho colaborativo.
Nas turmas iniciais de Engenharia Mecânica da UNISUAM, os estudantes vivenciam esse processo de maneira aplicada. Desde o primeiro período, os alunos realizam atividades no laboratório que envolvem análise de trajetória, dinâmica de fluidos, mecânica, aerodinâmica e uso de materiais sustentáveis.
Essas experiências aproximam teoria e prática, estimulando a resolução de problemas, o pensamento crítico e a colaboração, habilidades essenciais tanto para o setor aeroespacial quanto para diferentes áreas da engenharia.
Outro destaque é a sustentabilidade. O reaproveitamento de materiais no desenvolvimento dos protótipos mostra que responsabilidade ambiental e inovação podem caminhar juntas, refletindo uma tendência que já se consolida no mercado.
Além da técnica, esses projetos reforçam que a engenharia depende da troca entre colegas, da divisão de tarefas e de decisões coletivas, habilidades que também se tornam diferenciais profissionais.
Atividades práticas conectadas à realidade preparam o estudante para desafios futuros, aproximando-o do mercado, enriquecendo o repertório acadêmico e fortalecendo a autonomia intelectual.
Quando o aluno acompanha um projeto do início ao fim, percebe que a engenharia vai além de cálculos e fórmulas: ela se realiza no teste, no erro, na análise e na melhoria contínua. Exatamente como acontece em grandes operações, como a realizada hoje em Alcântara.

Enquanto o país avança no cenário espacial com o lançamento em Alcântara, alunos da UNISUAM constroem suas primeiras experiências práticas em laboratório, desenvolvendo competências que serão fundamentais em suas trajetórias profissionais.
Seja no ambiente acadêmico ou em grandes projetos nacionais, o princípio permanece o mesmo: inovação nasce da experimentação. E cada foguete construído em sala, por menor que seja, representa o início dessa jornada.
Apaixonada por livros, séries, cultura pop e tudo que envolva boas histórias, principalmente se vier com uma xícara de café do lado. Amo escrever sobre o que faz a gente pensar, sonhar e se conectar. Por aqui, trago conteúdo com curiosidade, carinho e uma pitada de criatividade.
Deixe um comentário