Academia do Varejo
13/07/2021 por Ricardo Reuters
Tempo de Leitura: 5 minutos
O consumidor sabe que um produto é um item que cumpre determinada função e as marcas têm o papel de gerar confiança e identificação.
Os produtos são definitivamente resultado de uma série de qualidades humanas, tais como espírito de inovação, talento, criatividade, dedicação, capacidade produtiva e muitas outras mais. Além disso, os produtos são fundamentais para todo o desenvolvimento econômico e têm influência direta na qualidade de vida.
Em consumo, quase tudo é sobre produtos e pessoas, em que as pessoas são o destino final dos produtos e temos a incrível dinâmica: feito por pessoas para pessoas.
Mesmo quando temos o lindo funcionamento das máquinas, em escala industrial, trata-se da otimização viabilizada por pessoas para fazer melhor e mais rápido. Um pedido de licença para usar tantas vezes a palavra “pessoas”, mas era necessário nesse parágrafo.
As nossas identidades produtivas estão diretamente vinculadas aos produtos. A coragem necessária para estar na ponta produtiva da cadeia de abastecimento é algo que realmente precisa ser respeitado e reconhecido. É a partir de um produto que uma série de preferências e necessidades se estabelecem e aqui está o ponto da nossa reflexão.
Dentro da esfera das necessidades, temos: insumos, recursos, instalações, embalagem, estoque, logística, vendedores e muitas outras não citadas aqui.
? “Geração das marcas” e valor dos produtos
Já no campo das preferências, se apresentam: design, diferenciais, marca, campanhas criativas e tudo aquilo que de uma maneira geral é orientado a proporcionar a melhor experiência possível para as pessoas e para os produtos. Sim, os produtos também demandam de uma melhor experiência. Afinal, se tem uma coisa que é muito clara nesse campo, é que não é tudo igual.
Uma coleção é criada por um grande estilista para brilhar em uma vitrine deslumbrante da Quinta Avenida, em Nova Iorque, impactar os formadores de opinião, alcançar os seus consumidores e inspirar toda uma cadeia produtiva que irá se basear nesse talento e originar uma nova força de oportunidades, empregos e geração de resultados nas lojas de departamento, por exemplo.
Um carro é projetado por um grande projetista com o melhor da tecnologia existente no mundo, que, por muitas vezes, é desenvolvida na Fórmula 1, para ser apresentado da melhor maneira possível, gerando a melhor experiência possível, que, convenhamos, é mais que merecido se considerarmos todas as qualidades humanas envolvidas nesse processo de oferta.
É nesse ponto da ambientação que entramos na esfera do nosso título “Produto sem loja é só um item. Sem a marca é somente um item a mais!”.
O consumidor sabe que um produto é um item que cumpre determinada função e para que ele associe exatamente um item de maneira clara existem as marcas que geram confiança e identificação.
? Consumo no varejo: É pessoal, sim!
Ao expandirmos esse processo, chegamos às lojas, que é o ambiente onde o produto se encontra no melhor lugar possível para o seu grande encontro com as pessoas. Afinal, já falamos aqui que quase tudo é sobre produtos e pessoas. Quase porque é aqui que entra quem faz esse encontro acontecer da melhor maneira possível: a loja.
A internet entrega o item daquela marca que você confia e tem identificação com todas as suas funções, mas nada pode substituir tudo que envolve um produto exposto em uma loja, com tudo que configura esse momento de consumo.
A força da expressão de preferência que o consumidor pode exercer publicamente dentro desse ambiente, tudo o que envolve as suas questões existenciais e sociais coletivas, o programa que é comprar, a possibilidade de tocar e ter algo que é efetivamente sensorial.
É como um poeta que canta o sentir, o toque, o cheiro e todas as sensações que o corpo e a mente humana são capazes de produzir. Isso é muito mais do que um item, é desejo sentido de um relacionamento.
Assim como as musas inspiram os poetas e as paixões as maiores composições e obras literárias, os produtos inspiram toda uma cadeia produtiva e provocam o melhor do talento e da criatividade.
O produto está para os seus envolvidos assim como todas as mulheres cantadas por grandes artistas estiveram para o Lenine quando compôs “Todas elas num só ser”.
? O negócio local no divã: Quem sairia dessa sessão?
Sendo um profissional que atua com estratégias de marketing, é encantador perceber como os produtos e marcas fazem de tudo para se manterem dentro do interesse das pessoas, o quanto eles se cuidam através dos envolvidos no seu processo produtivo e quanto são “coração mole”, pois sempre querem começar com uma paixão efêmera, mas logo desejam migrar para o amor de um relacionamento duradouro.
As nossas indústrias de comunicação e entretenimento foram desenvolvidas graças aos produtos que sempre quiseram se fazer presentes em nossas vidas, buscando, assim, a melhor maneira de conquistar a nossa atenção e obter um espacinho em nossas rotinas.
Uma desafiadora equação se apresenta, configurada por produzir-se o maior volume possível, se comunicar com o máximo de pessoas possível e ter uma relação individual com cada consumidor.
Sinto que se pudéssemos ouvir o que o varejo local teria a dizer das estratégias sensoriais adotadas por grandes players com o objetivo de individualizar e encantar em cada experiência, nós ouviríamos: “E sabe do que mais, esses grandes vieram com essa história de sensorial. Sensorial sou eu, sensorial é local. Eles passam perfume, usam luz, cores e efeitos, mas nunca vão conhecer seu fulano como eu, para eles é um CPF e para mim é aquela pessoa“.
Um casaco da Nike não é o mesmo no Outlet, na loja de Los Angeles, na Loja do Shopping, na NikeTown ou no site da Nike, por exemplo. Sempre o mesmo item, mas nunca o mesmo produto.
? É preciso tomar mais decisões que remédios!
Ao mesmo tempo, é interessante observar o efeito transformador que um produto e marca desempenham quando chegam em determinadas lojas. Eles simplesmente conquistaram as pessoas certas para que chegassem até ali e ao chegarem contaminam positivamente o ambiente e provocam uma evolução positiva que contribui para todos os envolvidos, consumidores, colaboradores, lojistas e para ele próprio. Tudo fica melhor e mais bonito quando determinados produtos entram no mix de oferta.
Como em tudo, sabedoria é fundamental. Sendo assim, “Produto sem loja é só um item. Sem a marca é somente um item a mais!” e ninguém substitui a proximidade de uma operação local.
Vida longa aos produtos em seus ambientes, com todas as suas necessidades e preferências.
A UNISUAM, em parceria com a Academia do Varejo, disponibiliza, gratuitamente, a minissérie especial Retomada do varejo em meio à crise do Covid-19.
Com 3 episódios, a minissérie nasce com o propósito de gerar relacionamentos locais, resgatar o amor pelo consumidor e garantir a longevidade do pequeno e médio lojista.
Direcionada a empresários, profissionais do varejo e estudantes, a produção, que traz Arapuan Motta Netto – Reitor da UNISUAM como mediador, conta com as participações especiais de Ricardo Reuters – Fundador da Atalho Consultoria, Marketeiro Estrategista e Especialista em Varejo Físico & Jeronimo Venetillo – Sócio da Mega Venetillo e Diretor de Marketing da Rede Citylar.
A Academia do Varejo, em parceria com o Pra Quem Faz, plataforma de cursos livres da UNISUAM, traz o curso de COMPETITIVIDADE AMPLIADA NO VAREJO LOCAL, pensado, exclusivamente, para gestores de negócios, para os tomadores de decisão, sejam donos, sucessores dos negócios, gerentes, empreendedores ou aqueles que desejam empreender na área do varejo.
Ministrado por Ricardo Reuters e Jerônimo Venetillo, o curso, além de abordar assuntos relevantes para o varejo local, tem o objetivo de compartilhar evidências que poderão contribuir para a evolução e melhoria da competitividade dos seus negócios!
Fundador da Atalho Consultoria. Marketeiro estrategista, especialista em Varejo Físico. Atua na indústria nacional, criando novas experiências de compra para os consumidores com base no significado dos produtos e marcas em suas vidas.
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