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Energia limpa e acessível - Conheça o ODS 07 da Agenda 2030 da ONU

Energia limpa é um direito e uma urgência. Descubra como o mundo e o Brasil avançam para garantir acesso sustentável a todos.

  • Institucional

22/04/2025 por Dianne Caamaño

Tempo de Leitura: 3 minutos

O ODS 7 é um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pela Agenda 2030 da ONU. Ele propõe garantir o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todos. Por mais que a energia elétrica esteja presente na rotina de bilhões de pessoas, cerca de 675 milhões de pessoas ainda vivem sem acesso à eletricidade no mundo, segundo relatório de 2023 da Agência Internacional de Energia (IEA). Essa realidade afeta diretamente a saúde, a educação, a produtividade e a dignidade humana.

Por que energia limpa e acessível é tão importante?

O fornecimento de energia está no centro de quase todos os grandes desafios e oportunidades enfrentados pelo mundo hoje. Afeta diretamente:

  • A mitigação das mudanças climáticas;
  • O desenvolvimento de infraestruturas sustentáveis;
  • O acesso à educação de qualidade, saúde e segurança;
  • A redução da pobreza e a promoção da igualdade.

Além disso, o tipo de energia que consumimos impacta diretamente o meio ambiente. Fontes fósseis como petróleo e carvão são grandes emissoras de gases de efeito estufa. A transição para fontes limpas como solar, eólica e hidrelétrica é essencial para frear o aquecimento global.

No Brasil, foram 301 novas plantas distribuídas entre 16 estados brasileiros, sendo 147 fotovoltaicas, representando 51,87% da nova capacidade instalada em 2024. Já para energia eólica se consolidou como a segunda maior fonte de geração do país, com 121 novas usinas, correspondendo 39,26% da expansão total em 2024. Apesar de menor em comparação às fontes solar e eólica, a energia hidrelétrica continua sendo uma parte essencial da matriz energética brasileira.

Como o mundo está agindo?

Apesar de avanços tecnológicos e quedas nos custos de produção, o acesso à energia renovável ainda enfrenta obstáculos, como:

  • Infraestruturas deficientes em regiões remotas;
  • Investimentos concentrados em países desenvolvidos;
  • Falta de políticas públicas estáveis em alguns países.

Ainda assim, países como Dinamarca, Alemanha e China lideram a corrida por soluções sustentáveis. A Dinamarca, ainda nos anos 70, foi um dos primeiros países a investir fortemente em energia eólica, como resposta à crise do petróleo. Atualmente, cerca de 50% da eletricidade do país já vem da energia eólica. 

Já a Alemanha, lançou no início dos anos 2000 políticas públicas para transitar do carvão e da energia nuclear para fontes renováveis. Realizou forte investimento em pesquisa e desenvolvimento em energia solar, eólica e armazenamento de energia.

A China domina a cadeia de produção de tecnologia verde, desde a mineração de terras raras até a fabricação de baterias e painéis solares. É o país que mais investe, produz e instala painéis solares e turbinas eólicas no mundo, isso é devido o país enfrentar altos níveis de poluição urbana e vê na transição energética uma oportunidade de reconversão industrial.

Ou seja, as energias solar e eólica têm crescido de forma acelerada, e projetos de energia comunitária e descentralizada ganham força em diversas partes do planeta.

E o Brasil, como está contribuindo para o ODS 7?

O Brasil tem um papel estratégico nessa pauta. Cerca de 83% da matriz elétrica brasileira é composta por fontes renováveis, principalmente hidrelétricas, segundo dados de 2024 da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Nos últimos anos, houve um boom da energia solar: o país se tornou o 6º maior gerador de energia solar no mundo, com destaque para o crescimento das instalações fotovoltaicas em residências, comércios e propriedades rurais.

Além disso:

  • Programas como o Luz para Todos ajudaram a reduzir o número de domicílios sem energia elétrica, especialmente em áreas remotas da Amazônia.
  • Incentivos fiscais e linhas de financiamento facilitam a adoção de sistemas solares por pequenos consumidores.
  • O Brasil investe em pesquisas sobre bioenergia, principalmente o uso do etanol e do biogás como alternativas sustentáveis.

O desafio continua: como avançar?

Apesar dos bons indicadores, o Brasil ainda enfrenta desafios importantes:

  • Garantir energia de qualidade e preço justo para todas as regiões, especialmente comunidades indígenas e quilombolas;
  • Reduzir a dependência de grandes hidrelétricas, que podem ser afetadas por crises hídricas;
  • Incentivar mais projetos de energia eólica no Nordeste e solar no Centro-Oeste;
  • Promover educação energética para consumidores e empresas.

A transição energética não é apenas uma tarefa dos governos. Empresas, universidades, consumidores e comunidades precisam colaborar. Trocar lâmpadas por LED, instalar painéis solares, apoiar projetos de eficiência energética e cobrar políticas públicas sustentáveis são algumas formas de fazer parte desse movimento. Afinal, a energia que consumimos hoje define o futuro que vamos viver amanhã.

IV Simpósio Internacional Agenda 2030 da ONU

O ambiente universitário tem um papel estratégico formando lideranças conscientes ou desenvolvimento de soluções sociais inovadoras. Aqui, cada pesquisa, projeto de extensão e ação comunitária pode ser um passo concreto para transformar realidades. Por isso, convidamos a todos para participar do IV Simpósio Internacional Agenda 2030 da ONU, que irá acontecer nos dias 15 (Museu do Amanhã) e 16 (UNISUAM) de maio. Inscreva-se aqui!

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Por Dianne Caamaño

Apaixonada por livros, séries, cultura pop e tudo que envolva boas histórias — principalmente se vier com uma xícara de café do lado. Amo escrever sobre o que faz a gente pensar, sonhar e se conectar. Por aqui, trago conteúdo com curiosidade, carinho e uma pitada de criatividade.

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