Graduação
05/01/2024 por Fernando Moura
Tempo de Leitura: 2 minutos
É impossível ficar alheio ao Big Brother Brasil. No ar há mais de 20 anos, o primeiro reality de confinamento do Brasil é um sucesso absoluto na TV e nas redes sociais. Com diversas personalidades famosas e anônimas, o país para na hora de assistir o programa que marca o calendário do primeiro semestre.
Com a grande audiência na TV, o reality passou a pautar as redes e as marcas observaram uma grande oportunidade para se vincularem ao programa e aos participantes. Dessa forma, o BBB passou a lucrar cifras milionárias, batendo recordes de investimento a cada edição.
O Big Brother Brasil passou a ser visto pelas empresas como uma vitrine que garante grande espaço, não apenas na TV, mas nas redes. Segundo Tatiana Schuchovky, CEO da Ademicon, em março de 2022, a empresa apresentou um crescimento de 40% de vendas em relação ao ano anterior.
Do mesmo modo que a Ademicon observou crescimento de vendas, o PicPay registrou um aumento de quase três vezes na simulação de empréstimos por meio do marketing de serviços financeiros do aplicativo, além de um aumento de 57% em pedidos do PicPay Card.
Além do retorno financeiro imediato, Gui Telles, Diretor de Marketing e Estratégia da PicPay, disse que o aumento da visibilidade nas redes fortalece de maneira positiva a associação da marca ao seus atributos tecnológicos e financeiros, garantindo credibilidade e confiança das pessoas.
No entanto, o investimento não é tão simples. Além das cotas de patrocínio serem altíssimas, é necessário possuir uma boa estratégia para evitar constrangimentos. Estar no BBB é mais que colocar apenas a marca em exposição, trata-se de saber desenvolver uma ação e estar pronto para responder às interações que, inevitavelmente, acontecerão nas redes. Situações inesperadas, como participantes que erram o nome da marca ou falam o nome da concorrente, são casos que acontecem com certa frequência e exigem preparo da marca para lidar corretamente.
Além disso, o BBB acaba funcionando como uma lente de aumento para a empresa que utiliza o programa para divulgar sua marca. O marketing precisa estar atento ao que ocorre na companhia como um todo, para não haver ruído entre a comunicação e a realidade.
Um exemplo disso é o aplicativo Quinto Andar, que funciona como imobiliária digital. Patrocinadora do BBB, a marca vivia um processo de demissões em massa e a aparição no programa, jogou luz à situação, o que rendeu diversas críticas por parte do público.
Portanto, percebe-se que não é necessário apenas investir e expor sua marca no programa de maior sucesso do país. É preciso desenvolver um trabalho completo, que leve em consideração o crossmedia e transmedia para comunicar-se de maneira correta e coerente em diferentes formatos e plataformas.
#BoraFazer a vida acontecer!
Analista de Marketing das redes e Blog UNISUAM. Jornalista e Pós-Graduado em Comunicação e Marketing em Mídia Digitais.
Deixe um comentário