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Solutização, o avesso do problema

No texto do especialista Ricardo Reuters sobre o mundo dos negócios, ele diz: "desproblematize-se e assuma o controle do que é problema seu."

  • Academia do Varejo

22/08/2022 por Ricardo Reuters

Tempo de Leitura: 3 minutos

Complexidade em geral é uma camada adicional, uma embalagem difícil de abrir para o que é simples. O que faz com que a forma se torne mais “atrativa” do que o verdadeiro conteúdo do que está em questão.

Problematizar é um termo que escuto muito em ambientes de pensamento e empresariais que na grande maioria das vezes representa uma carga de questões desnecessárias para uma atitude resolutiva e que acaba resultando numa justificação prolixa da preguiça e covardia. Nem alcançando assim o nível da incompetência.

A complexidade quando aplicada de forma desnecessária, na verdade é uma real complicação do que se tratado de maneira inteligente seria simples. É bem semelhante com o “parecer ser”, que na verdade afasta as pessoas do que realmente é realizável e que traz o verdadeiro sentimento de realização, como uma forma de anestesiar nossas insuficiências técnicas, existenciais e de comportamento.

Ao invés de se distrair querendo parecer ser, escolha algo realmente relevante para ser e seja.

Garanto que você será. A competição nem é tão alta assim, tem mais gente querendo parecer ser do que gente que realmente quer chegar lá, não é vontade de querer é querer mesmo e fazer acontecer.

Entender o que é problema seu é responsabilidade e não indiferença, egoísmo ou falta de empatia, que geralmente são comportamentos representados por outro termo clássico: “não sou obrigado a nada”. Já questionei em outro texto: “sou obrigado sim”.

O ponto de partida para adotar a “solutização” na sua postura atitudinal é partir da realidade e não da fantasia o que é um monstruoso desafio para a maioria das pessoas.

Buscamos em nossos cérebros um lugar de pensamento que nos dê conforto numa falsa sensação de controle, pois o cérebro é programado para nos proteger e assim, existem pessoas que aceitam serem controladas por suas mentes influenciadas e influenciáveis ao invés de pagarem o preço de assumir o controle de suas atitudes.

Li num livro de um sobrevivente de um campo de concentração que ele percebeu ao não ter mais nada, ao estar completamente vulnerável, literalmente nu e sem o menor controle das circunstâncias que “a real liberdade é o controle de como você vai reagir ao que está acontecendo.”

Partir do controle das suas atitudes em relação às circunstâncias é escolher querer isso, é ter a real noção do seu papel dentro do ambiente, qual contribuição pode oferecer e saber o que buscam em você.

Ouvir é algo raro, se importar em prestar atenção no que o outro quer é mais raro ainda e assim se cria uma cultura que pula do fazer para o tentar surpreender.

Perdemos o reconhecimento do valor das tarefas dentro dessa enxurrada do “ parecer ser “ que o mundo digital nos trouxe. Todos podemos parecer ser , mas pouco são de verdade, como desde sempre foi.

Uma mega corporação é um conjunto de tarefas em funcionamento. O mundo é um conjunto de tarefas, é claro que para que algo seja construído um conjunto de tarefas, forma um processo, que coordenados, configuram um procedimento, que resultam num departamento, que alinhados são uma operação, que organizadas hierarquicamente formam uma empresa.

Tudo é baseado nas tarefas. Nunca será possível não fazer o que tem que ser feito.
Solutize-se mais e problematize-se menos.

Problematizar é uma maneira elegante e mais polida para racionalizar justificativas, as famosas “bengalas” e na maioria das vezes nossos cérebros nos iludem nesse processo e nos fazem acreditar veementemente que estamos fazendo a coisa certa e que o ambiente é que não nos entende. A culpa sempre é do outro.

Solutização é contribuição e problematização se mal aplicada é combate. Isso é muito diferente da efetiva produtividade do contraditório que visa um atrito evolutivo. Vamos discutir para solucionar, para evoluir, para crescer e não para convencer o outro da nossa insuficiência disfarçada de conhecimento técnico e sabedoria.

Em operações locais existe esse espaço. Somos desenhados para sermos mais flexíveis, então ouça o outro querendo solucionar a visão que ele compartilha com você, ele vê diferente e você pode saber fazer. Não confunda mente e olhos com braços e ouvidos.

Estava escrevendo esse texto no escritório e compartilhei a leitura com minhas amigas e uma delas, a Débora, fez uma associação imediata que eu adorei e vou compartilhar aqui para finalizar, disse ela: “não culpe seu signo”.

É gente assim que faz a diferença. É gente assim que entende que vendemos uma margem e não um preço. O preço é uma acomodação da margem com a força de oferta e vendas, mas falaremos disso numa próxima. Qual é a sua solutização para a margem?

É nessa pergunta que moram todos os ganhos.

Até mais! Ricardo Reuters

Por Ricardo Reuters

Fundador da Atalho Consultoria. Marketeiro estrategista, especialista em Varejo Físico. Atua na indústria nacional, criando novas experiências de compra para os consumidores com base no significado dos produtos e marcas em suas vidas.

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