Nota 10
08/05/2025 por Dianne Caamaño
Tempo de Leitura: 4 minutos
Hoje o mundo foi tomado pela notícia que, finalmente, a fumaça branca foi avistada pela chaminé do Vaticano. Eis que temos o anúncio de um novo Papa! Cardeal Prevost, é o primeiro Papa americano da história, assumindo o posto como Papa Leão XIV.
E para este anúncio acontecer, temos a famosa frase ecoada: “Habemus Papam”, uma expressão latina que significa “Temos um Papa”. Por seu teor histórico, e não apenas religioso, este é um dos momentos mais aguardados pelo mundo.
Quando essas palavras ecoam da sacada central da Basílica de São Pedro, em Roma, elas representam o fim de um processo tradicional e repleto de simbolismos: o conclave. Que recentemente, foi transformado em filme e concorreu ao Oscar (O Conclave).
Mas qual é a história por trás desse anúncio e como funciona o processo de escolha do novo líder da Igreja Católica?
O termo “Habemus Papam” é utilizado desde a Idade Média. A prática de anunciar formalmente a eleição de um novo Papa nasceu da necessidade de dar publicidade à decisão dos cardeais eleitores. Com o crescimento da Igreja e a centralidade do Papado para o cristianismo ocidental, tornou-se fundamental que os fiéis soubessem, de forma oficial, quem passaria a ocupar a Cátedra de São Pedro.
O anúncio tradicional é feito pelo Cardeal Protodiácono (o cardeal mais antigo entre os diáconos). Ele declara o nome de batismo do novo Papa e o nome que ele escolheu para seu pontificado.
Um exemplo histórico marcante foi o anúncio de Habemus Papam em 2013, quando o cardeal Jean-Louis Tauran apresentou ao mundo o argentino Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, o primeiro pontífice da América Latina.
O Conclave é o processo pelo qual o Papa é eleito. A palavra vem do latim cum clave, que significa “com chave”, referência ao fato de que os cardeais ficam trancados para votar, isolados do mundo exterior, até chegarem a uma decisão.
O processo ocorre da seguinte forma:
O anúncio de um novo Papa vai além de uma escolha administrativa. Ele representa uma continuidade da missão apostólica iniciada por São Pedro e reforça o papel do Papa como líder espiritual de mais de um bilhão de católicos no mundo. Para os religiosos, cada eleição é vista como um momento de renovação da fé e de esperança para a Igreja e seus fiéis.
Apesar de o Código de Direito Canônico não exigir formalmente formação em Teologia para que alguém seja eleito Papa, na prática, todos os Papas modernos têm sólida formação teológica.
O Papa deve ser obrigatoriamente um homem batizado na fé católica, e tradicionalmente é escolhido entre os cardeais que, para atingir essa posição, já passaram por extensos estudos de filosofia, teologia e formação pastoral.
Confira alguns exemplos de Papas com formação em Teologia:
Papa Leão XIV (Robert Francis Prevost): Formou-se em Teologia pela União Teológica Católica de Chicago, onde aprofundou sua compreensão das Escrituras e da doutrina cristã. Aos 27 anos foi enviado a Roma para cursar Direito Canônico na Pontifícia Universidade de São Tomás de Aquino (Angelicum), uma das instituições mais prestigiadas da Igreja. Com sua ampla formação e profundo conhecimento teológico e jurídico, Papa Leão XIV assume o pontificado em 8 de maio de 2025.
Papa Francisco (Jorge Mario Bergoglio): estudou teologia e filosofia, além de ser formado em química industrial. É conhecido por sua abordagem pastoral e profunda compreensão teológica aplicada ao cotidiano das pessoas.
Papa Bento XVI (Joseph Ratzinger): um dos maiores teólogos do século XX, foi professor universitário e autor de diversas obras sobre fé, razão e doutrina católica. Doutor em Teologia pela Universidade de Munique.
Papa João Paulo II (Karol Wojtyła): doutor em Teologia, também teve forte atuação no diálogo inter-religioso e na promoção dos direitos humanos a partir de uma perspectiva cristã.
Portanto, embora não seja uma exigência oficial, o conhecimento em Teologia é indispensável para o exercício do Papado, especialmente diante da responsabilidade de interpretar e guiar a doutrina da Igreja Católica no mundo contemporâneo.
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