Institucional
01/05/2025 por Dianne Caamaño
Tempo de Leitura: 3 minutos
Os oceanos cobrem mais de 70% da superfície da Terra, sendo essenciais para a nossa vida no planeta. A água dos oceanos regula o clima global por vários mecanismos físicos e químicos fundamentais. Por exemplo, graças à sua alta capacidade térmica, a água aquece e esfria mais lentamente, e isso ajuda a moderar as temperaturas do planeta, evitando extremos de calor ou frio (ou deveria!). A evaporação da água dos oceanos é um dos principais motores do ciclo hidrológico, por redistribuirem a umidade do planeta e influenciar o regime de chuvas. Além disso, é da água que vem de 50% a 70% do oxigênio que respiramos.
Mais de 3 bilhões de pessoas dependem de recursos marinhos como principal fonte de proteína animal, especialmente em países costeiros como Indonésia, Filipinas, Moçambique, Peru e Vietnã. A pesca artesanal e de pequena escala é fundamental para a segurança alimentar e o sustento de milhões de famílias, sendo muitas vezes a única fonte acessível de proteína de alta qualidade.
Ainda, de acordo com o relatório The Ocean Economy in 2030, publicado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a economia oceânica global pode gerar aproximadamente 40 milhões de empregos, de forma direta ou indireta, na próxima década.
Mas com o aumento da poluição, o aquecimento global e a acidificação dos oceanos, existem riscos tanto para a vida marinha quanto para o clima e saúde humana. E é nesse contexto que surge o ODS 14, parte da Agenda 2030 da ONU.
O ODS 14 tem como meta central conservar e utilizar de forma sustentável os oceanos, mares e recursos marinhos, garantindo o desenvolvimento sustentável para as gerações presentes e futuras. Entre as metas estão:
Existem acordos internacionais, na qual diversos países têm atuado em fóruns multilaterais para combater a pesca ilegal, proibir subsídios prejudiciais à biodiversidade e avançar na regulação internacional dos recursos marinhos.
Legislações nacionais e acordos internacionais têm promovido ações coordenadas visando redução da poluição e uso do plástico. Leis mais rígidas foram criadas, incentivo a reciclagem e reutilização, assim como, fortalecimento da gestão de resíduos.
Em 2022, a Assembleia da ONU para o Meio Ambiente aprovou uma resolução histórica para criar um tratado internacional juridicamente vinculante até 2024, visando combater a poluição plástica.
O Brasil desempenha um papel estratégico na conservação marinha, sua importância se dá pela extensão e biodiversidade existente. Com mais de 8.500 km de litoral, o Brasil possui uma das maiores costas do mundo. Sendo o lar de inúmeras espécies endêmicas e abriga o único recife de coral do Atlântico Sul.
A costa brasileira não é apenas vital para o país, mas também para o mundo. Tem seu valor inestimável, cuja preservação e uso sustentável são fundamentais para o desenvolvimento econômico, social e ambiental para o Brasil e para o mundo.
O Brasil tem feito muitas ações para implementar o ODS 14, tais como a criação de área marinhas protegidas. As mais conhecidas são o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha e a Reserva Biológica do Arquipélago de São Pedro e São Paulo. Que visam preservar espécies ameaçadas de extinção e os ecossistemas costeiros.
O Brasil combate a pesca predatório e ilegal, implementando planos de manejo pesqueiro para espécies específicas. Através de investimento em pesquisa marinha, instituições como Marinha do Brasil, UFRJ, USP e projetos como o Tamar, contribuem com estudos sobre acidificação dos oceanos, recifes de corais e conservação de espécies marinhas.
Outro ação importante é o Plano Nacional de Combate ao Lixo no Mar, parte da Agenda Nacional de Qualidade Ambiental Urbana, lançado em 2019. Visa a prevenção, educação ambiental e recuperação de áreas impactadas por resíduos sólidos. Foram cerca de 280 toneladas de resíduos coletados, em 443 ações de limpeza envolvendo mais de 36 mil participantes. Contabilizando a participação de mais de 200 municípios nos 17 estados costeiros.
O ambiente universitário tem um papel estratégico na erradicação da pobreza, seja por meio da produção de conhecimento, formação de lideranças conscientes ou desenvolvimento de soluções sociais inovadoras. Aqui, cada pesquisa, projeto de extensão e ação comunitária pode ser um passo concreto para transformar realidades. Venha participar do IV Simpósio Internacional – Agenda 2030 da ONU, que irá acontecer nos dias 15 (Museu do Amanhã) e 16 (UNISUAM) de maio. Inscreva-se aqui!
Publicitária e Jornalista, especialista em Marketing e Designer Gráfico. Escrevo por aqui, manda pauta! ;)
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